06 junho 2012

A Tenda



Para conseguir obter conforto, intimidade, protecção e abrigo, não existe nada melhor do que uma tenda bem desenhada, leve e estável. 



Nenhum outro elemento do equipamento do montanheiro sofreu uma metamorfose tão grande nos últimos anos como a tenda de campanha, com o surgimento de uma variedade enorme de formas e desenhos.  A tradicional e familiar tenda de cavalete, triangular ou canadiana, ainda é muito popular,


mas na sua constante procura para alcançar espaço interno conciliado com menor peso, os desenhadores de tendas, criaram desenhos especiais e passaram a  usar aros e varetas de fibra de vidro em substituição das rígidas varas de alumínio. Muito importante foi também a adopção de um tecido de Gore-Tex, transpirável e impermeável, em substituição do nylon, simplesmente impermeável para o qual eram necessárias duas camadas (um duplo tecto e a tenda interna para combater a condensação). Verificou-se, assim, um desenvolvimento tão incrível de formas, tamanhos e materiais, e que se encontram actualmente ao alcance do montanheiro principiante.



A questão relativa ao peso de uma tenda, é um elemento difícil de categorizar. Assim, e a título de exemplo, um modelo de 3,6 kg com espaço suficiente para caberem 3 montanheiros, será na realidade, em termos práticos, mais leve que uma tenda que pese apenas metade desta, desde que seja possível  repartir o peso da tenda, transportando, por exemplo, uma pessoa as varetas e os espéques, outra o tecto duplo e a outra a tenda interior, diminui-se drasticamente o peso da tenda por pessoa. No entanto se não se viajar acompanhado, aquela  tenda pesará demasiado para ser transportada por uma só pessoa. Por outro lado, se possuirmos uma tenda  unipessoal, poderá verificar-se a necessidade de partilhá-la,  ocasionalmente com um amigo, sendo que neste caso, se é realmente unipessoal, o amigo terá que ser muito intimo e não haverá muito espaço tornando-se desconfortável.



No geral, nas tendas que se denominam como unipessoais, raramente cabe um cachorro, as tendas para duas pessoas são confortáveis para uma única pessoa e as tendas para 3 pessoas costumam ter espaço habitável suficiente para duas pessoas. Portanto é conveniente ter presente estas situações quando se pensar comprar uma tenda. Geralmente, os fabricantes costumam, poupar no tamanho, tanto para baixar o custo do que se fabrica como para diminuir o peso do produto final. Por essa razão o modelo ultraleve que pensamos comprar pode vir a revelar-se demasiado pequeno, principalmente se houver a intenção de ir acompanhado.



Convém ainda lembrar, que se houver a intenção de acampar com uma tenda pequena e de pouco peso, pode-se querer fazê-lo numa tempestuosa noite de inverno e, nessas ocasiões, revelam-se bem  penosas e longas as horas de escuridão invernal, durante as quais  uma tenda pequena e com pouco volume interno vai-se parecendo cada vez mais  com um caixão. Torna-se claustrofóbico e muito desconfortável e é nesse momento que se deseja que deveria ter comprado uma tenda maior com mais algum espaço interno para nos movimentar-mos  decentemente no seu interior.



Ao decidir que tipo de tenda se deseja, é preciso levar em consideração se praticamos na maioria das vezes, montanhismo apenas no verão e a baixas altitudes, ou se pensamos acampar na montanha, e quem sabe, no mais duro inverno. Uma tenda com apenas uma vara à frente e outra atrás, com um peso de 1,5 kg e confeccionada com um nylon leve e impermeável, pode proporcionar suficiente protecção nas suaves noites de primavera  e verão, mas o montanheiro de altitude e principalmente em tempo  de inverno, precisa de uma tenda em forma de “A” ou de cúpula geodésica, com fortes costuras e um pouco mais de peso, para que esta suporte a tensão do vento, as tempestades e o peso da neve.


Construção da Tenda

A construção da tenda é importante, principalmente em tendas de alto nível e naquelas que vão ser usadas no inverno. Felizmente, a maioria dos pontos mais importantes podem ser testados no comércio antes de se comprar.



As costuras – O melhor método de coser as costuras para conseguir a máxima resistência é aquele em que as arestas do tecido se dobram um em torno do outro e se costuram juntas. As costuras simples não resistem à tensão e pressão suposto para o uso da tenda, assim como este outro tipo de costuras rematadas, resultarão praticamente inúteis nas tendas que vão ser sujeitas a grandes pressões, como por exemplo, debaixo de neve, suportando fortes ventos ou com um uso muito frequente.

Os pontos – Os pontos das costuras devem estar uniformemente espaçados, devem ter a mesma tensão e percorrer em linha recta todo o comprimento da costura. O ideal seria ter 3 a 4 pontos por cada centímetro. O ponto de cadeia fechada é mais duradouro e tem menos probabilidades de se desfazer do que o ponto de cadeia simples tendo ainda a vantagem de que se um dos pontos rebentar, não se desfaz, ao contrário do sistema de cadeia simples. É preciso ter cuidado com os pontos torcidos e as variações na tensão, pois todos são potenciais pontos fragilizados. Os fios soltos nos pontos onde acabam as costuras e os bordos sem remate do tecido, indicam sem dúvida, que o fabrico foi descuidado. As costuras que terminam sem uns pontos para trás, constituem outro aviso de possíveis pontos débeis. Também se devem testar cuidadosamente os locais mais difíceis de costurar, como os extremos dos fechos e os cantos mais estreitos, pois são as zonas mais prováveis para encontrar costuras imperfeitas.



Os reforços – Os locais onde se deve certificar se existem reforços, são as uniões das costuras, os ápices, os extremos da cobertura das varetas e os pontos onde se encontram os ilhós, os laços dos espeques e as correias. Estes dois últimos deverão ser garantidos com rebites de forma a garantir uma resistência adicional. O melhor tipo de reforço consegue-se acrescentando um pedaço de nylon ou inclusive de couro, cosendo-se depois as correias e os laços entre o aumento e o material da tenda. Deve-se testar também, devido à sua grande importância, as costuras nos pontos de reforço, pois um fio solto nesses lugares poderá trazer sérias consequências no terreno.


As tendas de cúpula ou “IGLU”

Com a recente onda de novos materiais e novas técnicas utilizadas no fabrico de equipamento para o campo, era apenas uma questão de tempo para que os gurus de todo o mundo do desenho de tendas começassem a dar atenção ao que disse Buckminster Fuller nos anos 60. Fuller era arquitecto e inventor, sendo um dos mais importantes do século XX, sendo ele o primeiro que começou a procurar e desenvolver conceitos de desenho baseados no princípio geodésico. Graças aos recentes avanços na obtenção de materiais flexíveis e tubulares para o fabrico das varetas, como a fibra de vidro e as aleações de alumínio, a tenda geodésica é hoje uma realidade e não uma fantasia de desenhador. As grandes vantagens das tendas de cúpula consistem num aumento de espaço vital e no facto que a sua forma física facilita o desvio do ar e da chuva. Como não tem esquinas, bordas cortadas a pique nem superfícies planas, os desenhos em forma de cúpula oferecem ao ar uma superfície sem irregularidades. Outra vantagem a levar em conta é a menor relação superfície/volume. Este pode ser um factor bastante importante para aqueles interessados em acampar com tempo frio, porque quanto menor seja a superfície da tenda, menos calor irradiará.




 È necessário, portanto, menos material para construir este tipo de tenda, em comparação com as tradicionais, ainda que a dissimulação no peso do material da tenda esteja mais que compensada pelo aumento de peso devido ao elaborado sistema de varetas necessárias para manter esta tenda de pé e esticada.
E quais são as desvantagens deste tipo de tenda? Os problemas que podem surgir mais frequentemente ao experimentar este tipo de tendas devem-se às varetas. Seja pelo aumento do seu peso, pela chapa metálica que une as secções, pela necessidade de manejar com cuidado as varetas conectadas através do que parecem metros de material ou pelo dano que os maus tratos não intencionados podem causar às varetas, a realidade é que as varetas constituem a maior desvantagem. Pode ser que a inexperiência torne a montagem da tenda de cúpula mais demorada do que as tradicionais, no entanto parece que necessita de um certo tempo para nos habituarmos a elas. O peso constitui outra desvantagem deste tipo de tendas. Se normalmente repartimos a tenda com alguém, então o peso deixa de ser um problema tão grave, pois ao dividir a carga, podem-se manter pesos baixos, no entanto as tendas de cúpula pesam geralmente, mais que as tradicionais, além de serem mais dispendiosas.



Parece existir uma controvérsia sobre que sistema será melhor para unir as varetas das tendas de cúpula. Uns argumentam que não existe uma tenda que se mantenha de pé por si própria, ou seja, uma tenda sem ancoragens exteriores, enquanto que outros afirmam que a interacção das varetas do desenho geodésico proporciona uma estrutura mais rígida em face dos ventos fortes.
O desenho geodésico utiliza uns conceitos muito avançados segundo os quais, as varetas seguem os arcos de círculos máximos, sendo circulo máximo a distância mais curta entre dois pontos numa superfície curva. Ao cruzar as varetas da tenda, de modo que formem polígonos cuja pressão para o exterior seja equilibrada por factores de compressão equivalentes, origina-se uma estrutura virtualmente livre de distorção. Isto pode parecer complicado, mas na realidade é bastante simples. A estrutura das varetas do desenho geodésico é tal que a pressão do vento se distribui sobre todo o sistema de varetas, evitando-se assim que danifique o material da tenda. Isto não é apenas ruidoso e desagradável na hora de dormir, mas também pode debilitar o tecido e as costuras da tenda. Além disso, a estrutura das varetas diminui de um modo efectivo o comprimento real das varetas sem sujeição, reduzindo assim a possibilidade de distorção por acção do vento.



A rigidez da estrutura aumenta muito se for usado um desenho geodésico de quatro varetas, pelo facto de que todas as varetas se encontram num estado de tensão para fora e ao mesmo tempo, estão comprimidos pelo tecto duplo, que se encontra sujeito pelos espeques. Assim equilibram-se as forças vectoriais (direcionais), o que favorece a estabilidade.
O desenho de varetas cruzadas é provavelmente inferior, a menos que se use uma tenda que tenha apenas uma camada de material. Devido à existência, neste desenho, de grandes comprimentos de varetas sem sujeição, a tenda deforma-se muito pela acção do vento, pelo que necessitará de uma ancoragem considerável para a manter estável com condições de vento.  Além disso, como a tenda se deforma devido às pressões laterais, existe o risco de que o tecto duplo entre em contacto com a tenda interna e a molhe, devido à condensação. Resumindo, os sistemas de varetas cruzadas são uteis para tendas pequenas de uma só camada de material, como as de Gore-Tex, mas para conseguir uma verdadeira estabilidade com mau tempo, é preciso pensar num desenho geodésico de quatro varetas. É preciso dizer também que os desenhos de varetas cruzadas de tamanho médio não se deformam demasiado ao ser submetidas a ventos laterais, podendo inclusivé evitar isto, ancorando as varetas firmemente ao solo.



Os sistemas de varetas das tendas de cúpula devem ser flexíveis e curvar-se com facilidade, mas não ao ponto de se deformarem demasiado debaixo de pressão. As varetas de fibra de vidro prensada, ou seja, reforçada com um método especial, são muito melhores, mas têm o problema de serem maciços  e não se poderem unir por meio de cordas elásticas que atravessam a parte oca.
As varetas de fibra de vidro são muito sensíveis às baixas temperaturas e podem facilmente quebrar se as temperaturas baixarem a menos de 0º. Estas varetas são no entanto relativamente baratas, colocando o preço das tendas de cúpula ao alcance da maioria dos excursionistas. As melhores varetas para estas tendas são as americanas com uma liga de alumínio chamada 70/75T9. Estas varetas ficam todas unidas por intermédio de cordas elásticas, possuem uniões de encaixe perfeito e são geralmente do mesmo tamanho, pelo que são substituíveis não existindo dúvidas de distinção quando se precisar comprar. Este tipo de varetas é o mais utilizado nos modelos de tenda mais caros. À medida que os projectos avançam para cúpulas que se mantenham em pé por si próprias, continua a busca de varetas mais leves, resistentes e elásticas. Alguns fabricantes fazem testes com todo o tipo de materiais estranhos como epóxido de grafite, titânio e até safira moída.
Os materiais das tendas melhoram também de forma contínua e actualmente está-se a experimentar em diversos protótipos com um nylon muito leve, mas resistente.


Conselhos para escolher a tenda

Antes de mais nada é necessário definir as necessidades de cada um, ponderando, nomeadamente, a questão de se fazer ou não campismo durante todo o ano,  se é necessária uma tenda que aguente os rigores do campismo de altitude, ou se apenas se faz campismo ao fim de semana durante o verão. Ter também em conta se a tenda é destinada para um montanheiro, para um ciclista, para um canoísta ou caso viaje sozinho, a maior preocupação será o peso. Deverá ainda ponderar  se precisa de espaço para a família, para os amigos, para o cão, assim como quanto se pode gastar por uma tenda.



É preciso ter presente, que uma boa tenda representa  um grande investimento e deveria por norma, durar muito tempo. Que uma tenda seja cara, não quer dizer necessariamente  que seja boa e o menor preço não indica forçosamente a sua inferioridade. Assim  cada um deve colocar-se a si próprio todas estas questões  e de seguida, dirigir-se a um bom estabelecimento e perguntar mais ainda. Se levarmos algum tempo a analisar os diferentes problemas, tipos e modelos, com certeza elegeremos a tenda adequada às nossas necessidades.



As tendas de Gore-Tex

Tal como alguns de vós já tereis noção, o Gore-Tex é uma pelicula plástica, parecida com teflon, de 0,025 centímetros de espessura, com 1.400 milhões de poros por centímetro quadrado. Os poros são cerca de 20.000 vezes menores que uma gota de água, o que evita que a chuva ou o orvalho os atravesse. No entanto, estes poros são cerca de 700 vezes maiores que as moléculas de vapor de água, as quais, em condições adequadas, são capazes de atravessar o tecido. Como o Gore-Tex é muito fino, deve-se unir a outro material para aumentar a sua duração. Assim, geralmente nestas tendas encontramos laminado unido com nylon anti-agarre. O laminado resultante fica a ter um peso total de 67,8 gramas por metro quadrado, um pouco mais pesado que o nylon tradicional utilizado para fazer tendas. No que este tecido ganha aos pontos é no facto de não necessitar de duplo tecto, o que pode diminuir até 1 kg o peso da tenda.
As tendas de Gore-Tex normalmente não têm respiradores, porque este tecido tem melhores resultados sendo constituído por uma unidade completamente fechada. O calor corporal aquece o ar e cria no interior da tenda uma pressão de vapor ligeiramente superior à do exterior, pressão essa que faz empurrar o vapor de água para fora da tenda através dos minúsculos poros do Gore-Tex. Se deixarmos uma porta aberta ou se existir algum tipo de ventilação, a pressão no interior iguala-se à do exterior, o que permitirá que a humidade se condense, se a superfície do tecido estiver suficientemente fria, tal como acontece com o nylon impermeável. Levando isto em conta, parece que se o tempo estiver frio, podem aparecer dois tipos de problemas específicos nas tendas de Gore-Tex. Se alguém estiver envolto num saco cama espesso, o calor corporal que irradia não é suficiente para aquecer o ar do interior da tenda, o  que geralmente dá origem ao arrefecimento do interior da tenda. Poderá, inclusive, segundo alguns cientistas, existe a possibilidade de envenenamento por monoxido de carbono se cozinharmos dentro de uma tenda de Gore-Tex fechada. Se esta se fecha hermeticamente para, por exemplo, conseguir-se uma pressão de vapor suficientemente elevada  ou para libertar o vapor produzido ao cozinhar, o monóxido de carbono originado pelo  fogão aceso, pode acumular-se no interior da tenda  até alcançar proporções perigosas. Como tal, se quiserem cozinhar no interior de uma tenda de Gore-Tex, é preciso improvisar uma ventilação adequada.
Se mesmo assim continuar a existir problema com o vapor no interior da tenda, apesar de ter as portas abertas, será melhor cozinhar no seu exterior. Deve-se também ter presente que é perigoso acender um fogão, especialmente de petróleo, no interior de uma tenda fechada, seja ou não de Gore-Tex.


Os espeques

Uma tenda é boa, somente na boa relação que exista com as ancoragens que a prendem ao solo. O rendimento de uma tenda é pior quando as condições de ancoragem são más, pelo que, se a tenda estiver colocada no terreno, neve ou terra mole, pode acontecer que os espeques cedam à pressão dos tensores, sobretudo se existir muito vento. Esta situação por sua vez, origina que o tecido perca a tensão e se afrouxe. As tendas que se fixam por si próprias, evitam em grande parte este problema, mas de qualquer forma precisam de estar fixas ao solo. Se estivermos dentro da tenda, o peso corporal pode ser suficiente para criar essa fixação. No entanto a tenda deve permanecer presa também quando ninguém estiver dentro dela.


È necessário verificar que as espias que prendem aos espeques sejam suficientemente compridas de forma que sobrem espeques de diferentes tamanhos, pois é surpreendente a quantidade de tendas cujas espias só encaixam nos espeques mais pequenos. Isto transporta-nos para a questão dos espeques que são fornecidos com as tendas. Muitos fabricantes,  num esforço para diminuir o custo e o peso das tendas, apenas proporcionam espeques baratos e de pouco peso, que na maioria dos casos, são completamente inadequados.


Segurar a tenda



A . Os ganchos de alumínio e os espeques de liga leve, apenas servem para segurar a tenda interna quando esta não tem de suportar demasiada tensão.

B. Os espeques de aço grosso cobertos com zinco, são bastante adequados para solos duros e rochosos.

C. Os espeques de aço galvanizado, especialmente as que têm secções em forma de “U” ou com bordas onduladas, devem-se usar em solos húmidos e arenosos.

D. Os espeques muito resistentes de plástico, são bons para segurar os tensores principais ou as tendas que se seguram a si próprias, no entanto não se devem comprar duma qualidade que se possa rachar quando sujeita a baixas temperaturas.

E. Os dormentes enterrados dão optimo resultado na neve. Os modelos mais pequenos costumam ter boa aceitação.


F. Quando a neve é profunda ou em terra muito solta, podem-se utilizar rochas para reforçar os espeques pouco firmes.


G. Putros sistemas de segurar a tenda em neve ou areia são: (1) bocados afiados de madeira ou plástico, (2) um saco cheio de neve, (3) um ramo enterrado, (4) um esqui.



As varetas que se usam nas tendas de cúpula e as de aros podem ser de dois tipos diferenciadas pelo facto de estarem unidos ou não no seu interior por um cordão elástico. Nos primeiros (acima) um pedaço de material elástico percorre o interior oco da vareta, permitindo assim um fácil e rápido encaixe das varetas. As secções não se perdem e facilmente se dividem para guardar. Nos segundos (abaixo) as varetas não unidas por cordas elásticas , são geralmente de fibra de vidro maciço. Se unirmos as varetas com um material elástico por intermédio de um nó simples, podem-se unir de forma permanente.



A maioria dos ventos rebentam os tensores, no entanto se a corda rebentar, pode-se prender novamente ao espeque atando-a sobre si mesma com um nó corrediço.


Conservação da tenda

Apesar de a maioria das modernas tendas, utilizadas pelos montanheiros, serem fabricadas com um nylon que não se corrói, nunca se deve guardar a tenda húmida, pois os fios que as mantêm unidas, podem ser de algodão e, como tal, apodrecerem.



Deve-se tentar manter a tenda sempre em boas condições, retirando as manchas de sujidade com uma esponja húmida de cada vez que se termine uma viagem, principalmente a parte interior da tenda, que se suja com muita facilidade. É preciso fazer que a tenda esteja limpa e seca antes de a guardar durante as temporadas em que não se vá usar a mesma. É aconselhável levar uma pequena caixa de reparações do tipo que se vende nas lojas da especialidade. Se montarmos a tenda num solo quebrado e com pedras, devemos colocar algo por baixo para a proteger e nunca devemos colocar o fogão sobre o piso da tenda, pois provavelmente derreterá. Antes de sair em viagem, devemos montar a tenda e confirmar que tudo esteja em perfeitas condições, verificar se tem a quantidade necessária de espeques e se as espias estão completas incluindo os seus nós. O mesmo deve-se fazer ao regressar.



Como verificamos nestas linhas acima, montar a barraca não é assim tão simples como parece. Basta-nos ficar com a esperança de termos ajudado de alguma forma a elucidar algumas dúvidas que existissem.

Boas caminhadas.

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